Wednesday, July 27, 2005

Só no Rio mesmo!

Corpo é atingido por bala perdida durante velório
Alessandro Soler
O GloboRIO

Depois de morta, a babá Clenilda da Silva foi atingida por uma bala perdida, na tarde desta terça-feira, enquanto seu corpo era velado no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi. A bala, provavelmente de fuzil, atingiu o caixão em meio a um tiroteio no vizinho Morro de São Carlos. Parentes e amigos de outros mortos velados na capela geminadas do cemitério jogaram-se no chão durante os cerca de dez minutos de intenso tiroteio. Não havia ninguém na capela H, onde Clenilda estava sendo velada. A bala atingiu uma janela, estilhaçando o vidro. A família não quis chamar a polícia, e Clenilda foi enterrada com a bala alojada na bacia. Por pelo menos duas horas depois do incidente ainda foi possível ouvir disparos próximos. A polícia informou que houve uma operação policial, esta tarde, no Morro de São Carlos onde uma pessoa ficou ferida e levada para o Hospital Souza Aguiar.

esta matéria saiu no jornal O Globo de 27 de julho de 2005.

Tuesday, July 26, 2005

Altaria




Que a Finlândia é um celeiro de ótimas bandas como o Nightwish e o Stratovarius, todo mundo sabe. Eles revelam bandas do mesmo modo que os brasileiros revelam jogadores de futebol. E uma das boas revelações desse frio país é o Altaria, que está lançando o seu segundo disco Divinity, após uma boa repercussão de seu trabalho anterior o Invitation. Algumas mudanças ocorreram: Agora a banda conta com um guitarrista (no disco anterior o Emppu Vuorinen do Nightwish participava, mas não era efetivo) o Vocalista agora é o Taage Laiho, em substituição a Jouni Nikula. Tudo levava a crer no fracasso iminente. Ledo engano! Esse disco é melhor do que o Invitation, que não era ruim, mas carecia de algo, um tempero a mais. E esse Divinity conta com esse tempero. O CD é muito bom, trata-se daquele Hard com pitadas de melódico com boas composições e bons músicos. Destaque para o refrão marcante de Darkned Highlight e para a melodia de Discovery.

Divinity(2004)

1. Unchain the Rain 2. Will to Live 3. Prophet of Pestilence 4. Darkned Highlight 5. Discovery 6. Falling Again 7. Divine 8. Haven 9. Try to Remember 10. Stain of the Switchblade 11. Enemy 12. Final Warning.

Line-up:- Taage Laiho: Vocals- Jani Liimatainen: Guitar, keyboards- Marko Pukkila: Bass- Tony Smedjebacka: Drums

www.altariamusic.com

Monday, July 18, 2005

Crônicas de uma festa de aniversário

As pessoas que me conhecem sabem que sou uma pessoa aversa a festas, se for de criança pior ainda, se for de pessoa que eu não conheço putz!! me sinto o verdadeiro estranho no ninho. Uns dizem que sou antisocial, bicho do mato, escroto, ranzinza e por aí vai. Eu acho uma grande idiotice... mas...
Vocês já repararam que as festas infantis de hoje em dia seguem um certo protocolo? As pessoas tentam fazer uma festa diferente para os seus pimpolhos, e no final das contas é a mesma festa que o filho da vizinha teve. Não muda, quer dizer as vezes o tema muda, mas até nisso o pessoal "varia" com seus personagens da Disney ou algum desenho japonês da moda... Na minha época minha mãe fazia o bolo, os doces e o salgados, arrumava a mesa e eu ficava muito feliz com isso. Mas hoje em dia não. Tem que ser exclusivo.
Você chega, fala com o aniversariante, entrega o presente, dá uma olhada no bolo e procura uma mesa para sentar. Aí começa a sessão "entupir os convidados": Salgadinho, refrigerante e algum outro petisco. Nessa hora surgem os comentários: "Salgadinho bom, né?!" "A coca tá geladinha" ou "Que salgado murcho!!" "Porra Tobi" "Cambada de pão-duro". Os comentários variam de acordo com a festa. Nesse momento todo mundo enchendo as burras de petiscos e o aniversariante que se dane! você pergunta "Quem tá fazendo aniversário "É aquele garotinho ali" É bom saber, vai que você malha a festa e ele está por perto.
Agora começa a pior parte da festa. Não sei para vocês, cada um tem um comportamento diferente. Eu falo sobre a hora dos Animadores de Festa! Começa leve, com brincadeiras lúdicas as vezes com dança das cadeiras e competições simples. Mas começa a partir daí começa a surgir o terror das festas! o raio da gincana!!! O animador pede uma coisa ridícula, tipo o maior sapato ou uma moeda de um centavo. Após o pedido sai aquela horda de crianças como os templários na terra santa lhe abordando "Tio me dá o seu sapato?" Tio? Que porra é essa? não tenho nem 30 anos e já sou tio?
Após essa abordagem você parece ser observado, os olhares parecem furar o seu corpo, você sua frio, sente cada minuto passar lentamente. Você está num pesadelo e não consegue fugir! "Ora que melhora", mas eu não tenho religião! tou ferrado. Puxo o ar com mais força, tentanto nesse tempo tirar a solução mágica que vai me livrar desse estado vexatório. Os pensamentos pulam sobre a sua cabeça, tento organizar uma linha de raciocínio. Enquanto isso a pobre criança me observa esperando o bote. Na sua cabeça a resposta será positiva. Ela domina a situação. Não posso me abater.
Esses 5 segundos entre a abordagem dele e a sua resposta parecem se mover mais lentamente. Sinto que ele percebeu que está em vantagem. A batalhas se decidem nos detalhes, Eis que surge o detalhe! O recreador pediu um sapato no sentido lato da palavra, em tese serviria qualquer coisa que se pudesse calçar, mas o pequenino guerreiro seria ludibriado por uma alma pérfida! Volto das cinzas assim como o fênix, me sinto fortalecido, agora o combate está a meu favor e me viro para a pequena criatura e digo "Eu não tenho sapato, estou de tênis!" Ele titubeia, mas volta ao encontro do seu mestre entristecido por não poder executar a tarefa incubida a ele. Olho para frente e vejo ele se aproximar do recreador. Por um momento nossos olhares se cruzam. Me sinto poderoso. Tal como o chefe dos Sarracenos perante uma batalha contra os templários. I Got the Power!!
Após um brilhante momento de insanidade, vem a hora do parabéns! A grande celebração de menos 1 ano de vida. Chega todo mundo perto do bolo e começa a sinfonia desafinada. Parecem trolls! surgem palmas tímidas e você pensa que está por perto de acabar! ledo engano. Nessas horas sempre aparece um gaiato para cantar aquela famosa canção "Derrama senhor, Derrama senhor". Pequenas doses de religião goela abaixo. Fazer o que né? Os jesuítas ensinaram. Depois de assoprar a vela com bastante força para colocar bastante saliva, Temos então a parte que alguns adoram e outros detestam: O bolo e os docinhos. Basicamente é a mesma coisa que com os salgadinhos, entupir o quanto puder, nessas horas começam a surgir os primeiros cachorros magros, levantando de suas cadeiras, catando os doces e indo de fininho embora. A festa entra em seu ciclo descendente: Pouca animação, pouca fome e sede e muito vontade de ir embora. Mas por incrível que pareça tem gente que não arreda o pé! vai ficando, ficando...Começam a surgir as primeiras táticas para expulsar esses indivíduos: Os garçons param de servir, começam a arrumar as coisas. Normalmente após isso eles tomam o seu caminho. Mas se não funcionar, começar a varrer o local e recolher mesas e cadeiras devem resolver. Se não resolver é porque eles são uma cambada de filho da puta mesmo!
E aí termina a festa "exclusiva" que todo mundo tem.

Saturday, July 16, 2005

Cabeça de Porco

Esse texto foi publicado no jornal O Globo de 16 de julho de 2005
CABEÇA DE PORCO
JULIO LOPES
Na gíria popular, é comum dizer que um imóvel de péssima qualidade não passa de uma “cabeça-de-porco”. Muitos jovens não sabem, mas o termo surgiu no final do século XIX e era o nome do maior cortiço do Centro do Rio de Janeiro, com quase 4 mil moradores. O Cabeça-de-Porco foi abaixo em 26 de janeiro de 1893, por determinação do então prefeito Barata Ribeiro. Precursores das favelas, os cortiços eram a única opção de moradia dos mais pobres, especialmente de escravos recém-libertos, num Brasil que dava os primeiros passos rumo à industrialização. Eram locais insalubres e, acreditava-se, verdadeiros focos de doenças habitados por marginais e prostitutas, as “classes perigosas”. Expulsos dos cortiços, e sem ter para onde ir, os pobres subiram os morros da cidade para construir suas casas. Nascia a favela, contraditoriamente com o apoio do próprio poder público. Em 1903, o decreto municipal n 391 proibia terminantemente os cortiços, mas tolerava a construção de “barracões toscos nos morros que ainda não tivessem habitações”. De lá para cá, as favelas se multiplicaram no país, e o problema habitacional só vem se agravando. Segundo dados do Ministério das Cidades, 85% dos 5.560 municípios brasileiros já têm favelas. O déficit habitacional brasileiro é hoje de 6,6 milhões de moradias. Todos os anos são construídos no país cerca de um milhão de domicílios, dos quais 700 mil em áreas informais. Ao todo, são 7,2 milhões de pessoas morando em condições precárias, sem condições básicas de saúde e saneamento. Estima-se que 60% da população urbana vivem em áreas ilegais. A ilegalidade produz um efeito perverso. Em geral, os preços do aluguéis de imóveis em favelas cariocas são iguais ou superiores aos de apartamentos no “asfalto”, ou seja, na cidade formal. Segundo dados da Secretaria municipal de Habitação do Rio de Janeiro, o aluguel de um quarto-e-sala na Rocinha pode chegar a R$ 500, mesmo valor de um imóvel no Rio Comprido, no Catete ou Glória. No vácuo da falta de uma política de fiscalização eficiente, os especuladores imobiliários investem diariamente no crescimento das favelas. O resultado é que hoje comunidades como a Rocinha ou Complexo do Alemão estão crescendo verticalmente. Onde antes havia apenas barracos, começam a surgir prédios de até seis andares. Aqueles que não podem pagar pelos altos preços dos aluguéis se abrigam onde podem: debaixo de pontes, viadutos ou perto de linhas de trens. É o caso das favelas do Arará e do Jacarezinho, onde as casas estão a apenas 30 centímetros da linha férrea. São os “excluídos dos excluídos”. Apesar das péssimas condições habitacionais, muitos moradores de comunidades carentes não pensam em deixá-las. Segundo o estudo “A dinâmica do mercado de solo informal em favelas e a mobilidade residencial dos pobres”, do pesquisador Pedro Abramo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 69% dos compradores de imóveis que responderam à pesquisa afirmam que não querem sair da favela. O mesmo estudo mostra que 57% das pessoas que compraram imóveis em 15 favelas cariocas já moravam no local. Para resolver o problema habitacional do Brasil, a saída está na regularização fundiária, que nada mais é do que a certidão de nascimento da cidadania e um convite à legalidade. Com a aprovação do Estatuto das Cidades, a partir de outubro de 2006, começa o trabalho para viabilizar a regularização fundiária urbana, que vai reformar a vida de milhares de brasileiros. Ao se implantar a legalização, por meio do cadastramento dos moradores e a conseqüente regularização, o trabalhador não terá apenas a sua casa, mas também pagará suas contas e será um cidadão legal. O especulador de imóveis de hoje também não estará alijado do processo. Ele será convidado a participar do sistema, tornando-se um empresário. Na verdade, a reforma fundiária será o primeiro passo para o mercado legal chegar à favela, transformando as atuais “cabeças-de-porco” em dignas condições de moradia.
JULIO LOPES é deputado federal (PP-RJ).

Silent Force


Confesso que o Silent Force era para mim uma banda "mais ou menos". Após dois discos bons, mas que não me causaram nenhuma animação, a banda solta seu terceiro trabalho Worlds Apart. Se você nunca ouviu essa banda, tenha esse disco, seja como for!! Para os que não sabem o Silent Force tem como vocalista o D.C. Cooper, que ficou muito famoso como o vocal do Royal Hunt, uma banda de Prog Metal. Aqui nesse disco ele despeja o que tem de melhor: sua voz! Trata-se de um excelente disco de Heavy Metal!! A Faixa No one lives forever tem um refrão contagiante. Once Again é candidata a Hit. Altamente recomendado.
WORLDS APART - Sept. 20, 2004
Produced by Dennis Ward & Silent ForceRecorded at House of Audio - Karlsdorf, GermanyMixed at The TrackShackMixed by Dennis WardMastered at House of Audio

1. Ride The Storm
2. No One Lives Forever
3. Hold On
4. Once Again
5. Master Of My Destiny
6. Heroes
7. Death Comes In Disguise
8. Merry Minstrel
9. Spread Your Wings
10. Iron Hand
11. Heart Attack
12. Worlds Apart

Admirável mundo novo

A tecnologia as vezes me surpreende. Hoje na frente do computador pode se fazer quase tudo de compras a um bate papo com amigos, trabalho, diversão. Uns dizem que o computador torna as coisas mais "artificias". Depende do ponto de vista. No meio da semana uma pessoa me adicionou no orkut. Pensei "Quem será essa pessoa?" Investigando aqui e ali, vendo as comunidades em que ele participava e o principalmente mandando um email para essa pessoa, descobri de que se tratava de um grande amigo que não via há uns 7 anos. Como ele tinha se mudado para o interior de Minas Gerais, pensava que dificilmente haveria contato. Ledo engano. Hoje qualquer povoado que possua uma linha telefônica e computador não é isolado do mundo.

Friday, July 15, 2005

O modo como enxergamos a notícia

Todo mundo sabe disso, ou pelo menos deveria saber, que as notícias são preparadas de acordo com o público que a lê. Por isso temos várias formas de encarar a mesma notícia. As vezes chega a ser engraçado. Veja como a prisão da dona da Daslu saiu no Globo: "Dona da Daslu é presa por sonegação pela polícia federal, após dois anos de investigação". Lendo isso você consegue entender perfeitamente o que aconteceu. Agora veja como saiu no Dia "Dona de loja grã fina é presa pela polícia" Você não sabe quem foi tampouco porque foi presa. Para falar a verdade, uma pessoa que só lê O Dia tá ferrada de qualquer jeito mesmo.

Apresentação

Depois de tanto tempo relutar, eis aqui eu iniciando meu próprio blog. espero que vocês gostem.